“VIVA” é um espetáculo que nasceu das histórias colhidas por meio dos encontros semanais da equipe de palhaçaria do Instituto Hahaha com residentes das ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos) contempladas no projeto “Minha História Virou Arte”.
A estreia será no dia 12 de abril, sexta, no Grande Teatro do Sesiminas. Dirigido pela pesquisadora e atriz Raquel Castro, com dramaturgia assinada por Nereu Afonso da Silva, o espetáculo traz relatos de três palhaças e um palhaço sobre suas vivências junto a moradores e moradoras de Instituições de Longa Permanência para Idosos, na capital mineira.
Serão três sessões com entrada franca, nos dias 12.04 e 13.04, sexta e sábado, às 20h, e no dia 14.04, domingo, às 15h. Retirada gratuita de ingressos somente pelo Sympla. Duração: 80 minutos. Mais informações: www.institutohahaha.org.br.
“Desde que o Hahaha passou a atender pessoas idosas, percebemos que o passado delas, o registro dessa memória individual, é uma fonte inspiradora para um processo criativo”, conta a palhaça e integrante do Instituto Hahaha, Gyuliana Duarte, que neste projeto assina a coordenação artística ao lado do palhaço Eliseu Custódio.
Durante o projeto Minha História Virou Arte foram atendidos mais de 5 mil pessoas idosas e recolhidas 32 histórias nas ILPIs e dela foram selecionadas oito histórias apresentadas, pela primeira vez, ao público, em forma de leitura dramática, em julho, no bairro Santa Tereza.
Gyuliana Duarte comenta: “Dar luz a estas histórias, valorizar as lembranças, ter contato com as experiências vividas e seus sentidos, é poder transmitir, ao longo dessas gerações, uma compreensão de um mundo atual. É romper com o etarismo. Por meio dessas recordações, a pessoa idosa transmite o seu legado, e por meio dele podemos ter acesso a um mundo de riqueza e diversidade que não conhecemos e que nos é contado”.
A costura dramatúrgica é do palhaço de São Paulo Nereu Afonso da Silva. “VIVA! quer expressar tanto a saudação quanto o simples desejo de vida. E pretendemos que seja um espetáculo para rir, se emocionar e refletir”, completa.”, comenta Nereu.
A direção é da atriz Raquel Castro, que segundo Eliseu Custódio, coordenador artístico e fundador do Hahaha: “Raquel veio pelo afeto e pelo profissionalismo. Já conhecida de alguns artistas do elenco, estudiosa da arte, professora da UFOP, investigadora do teatro documental e temáticas da pessoa idosa e do circo tradicional, entendemos que a chegada de Raquel casa com nosso desejo de levar para a cena, circo, teatro documental e afetividade”, afirma.
A encenação usa de recursos do teatro documentário, como a projeção de imagens de fotos, documentos e objetos mencionados pelas pessoas idosas nas histórias. “São recursos que funcionam como espécie de arquivo-afetivo, de fazer emergir o real nas histórias contadas”, pontua Raquel.
Em VIVA!, a música também cumpre papel de aproximação. “Durante as visitas, fizemos uma pesquisa de canções mais conhecidas dos idosos, que datam das décadas de 30, 40 e 50. Quando tocamos para eles, funcionaram como disparador da memória. Muitos lembravam imediatamente de algumas histórias pessoais”, comenta Juliene.
A trilha sonora original criada pelo diretor musical Gladson Braga, em colaboração com elenco e dramaturgia, traz ritmos como samba, choro e tango e canções conhecidas como “Beijinho Doce”, “Menino da Porteira” e “Meu Primeiro amor”, tocadas no violão, cavaquinho e pandeiro.
“VIVA! vem destas inspirações, desses encontros, dessa potência que são as memórias das pessoas idosas, onde os(as) palhaços(as) são testemunhas desse momento único”, completa Gyuliana Duarte. Ao lado de Raquel Castro, Jimena Castiglioni assina a assistência de direção. Os figurinos são de Marina Blanco, a iluminação de Jésus Lataliza e o cenário de Luiz Dias.
O Instituto Hahaha é uma organização sociocultural da sociedade civil (OSC), que promove a arte da palhaçaria profissional em espaços de saúde e ambientes vulneráveis.
Criado em 2012, funciona à Rua Estrela do Sul, no antigo Teatro Ideal, em Santa Tereza. Desde então já fez rir diretamente mais de 826.236 mil pessoas com um trabalho gratuito e durante todo o ano.
Entre os espaços atendidos em 2021 estão: Hospital das Clínicas-UFMG, Santa Casa BH, Hospital da Baleia, Hospital João Paulo II – Rede Fhemig, Hospital João XXIII – Rede Fhemig – BH, Hospital Márcio Cunha (FSFX), em Ipatinga, Hospital Paulo de Tarso, Instituto Geriátrico Afonso Pena – IGAP, Casa dos Pequenos (Associação Irmão Sol), Casa do Caminho (Associação Caminhos para Jesus), Lar Irmã Veneranda.
instituição é reconhecida hoje com Prêmio de Gentileza Urbana pelo Conselho Estadual de Arquitetura de MG (2013), Condecoração de Honra ao Mérito pela Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte (2014), 2º Lugar na 3ª edição do Prêmio Pró-longevidade (2021), na categoria Pessoa Jurídica, pelas ações de promoção à saúde e bem-estar às pessoas idosas e Prêmio Amigos do Bairro de Santa Tereza pela Associação dos Amigos do Bairro Santa Tereza (2022).
Dias: 12 e 13 de abril (sexta e sábado, às 20h) e 14 de abril (domingo, às 15h)
Local: Teatro Sesiminas (R. Padre Marinho, 60 – Santa Efigênia-BH)
Duração: 1h20
🎟 Gratuito, mediante retirada de ingressos no Sympla:
https://bileto.sympla.com.br/event/92864/d/250250/s/1707805 ou na bilheteria 30 minutos antes do evento.